Vereador Luciano Rezende (PPS)

                                  Vitória e a Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento das Cidades 

 

Com a proposta de enfrentamento aos novos desafios da vida social nas cidades, a Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento das Cidades (CMDC) que aconteceu em fevereiro desse ano em Porto Alegre, foi um espaço de reflexão e troca de idéias, entre lideranças de diversas partes do mundo. Os debates ocorreram em torno do cenário da crescente ocupação de áreas urbanas no planeta e a necessidade do intercâmbio de soluções encontradas entre elas.

 

O evento ocorrido em Porto Alegre iniciou os trabalhos, enfatizando a importância de um Orçamento Participativo e Solidário como mote para chegarmos ao Orçamento Solidário.  A partir disso, o caminho percorrido inicialmente foi uma exposição acerca da história do Orçamento Participativo (OP) e seu futuro solidário.

 

O empreendimento de esforços para diminuir o ambiente de disputa, comum ao Orçamento Participativo, dá lugar à busca pela unidade na diversidade.  Também a cultura de transferência de responsabilidades aos poucos é alijada pelo ambiente e participação social rumo à solução.  A tendência mundial de reunir condições para diminuir a desigualdade e destruição do planeta está fundada na idéia de cidadãos e cidadãs mais conscientes, autores da sua vida social.

 

Participar de um evento de grande vulto, na vanguarda da gestão pública como foi a conferência, é fundamental para quem pretende entrar ou já participa da vida política, e da administração pública. 

 

Nesse contexto há uma ruptura com modelos de gestão vertical abrindo caminho para uma maior participação popular.  Assim o papel da  Governança Solidária (GS), marca da atual administração municipal de Porto Alegre, é uma saída para a gestão de instituições.  A partir dela é possível chegar à cooperação descentralizada.

 

Nesta forma o processo ganha muita força, e há o reconhecimento de que as decisões tomadas têm base nas relações complexas, entre os muitos atores com prioridades diversas. A GS  forma uma rede de participação solidária envolvendo todos, no lugar onde as pessoas moram, definindo ações em tempo determinado e distribuindo tarefas.  É o ambiente coletivo sendo construído. Valorizar o capital social, com o fomento a programas de investimentos em redes sociais e criar ambientes favoráveis na segurança, saúde e educação é ponto de partida para a construção da nova realidade.

 

Em oficina oferecida no primeiro dia de conferencia (15/02/08) foi observada a presença de modelos de governanças colaborativas em países como a Índia, que tem 200 línguas sendo faladas em seu território, onde 70% da população ainda ocupa zonas rurais.

 

Conferencistas realçaram a formação do saber, por meio do exercício de se aprender com os outros, como forma de criar conhecimento, e, portanto, poder. Concluindo que o  desenvolvimento da Competência Local só é possível através da captação, do aprendizado.

 

A necessidade de ouvir movimentos não alinhados e informais, que coexistem com Governos e ONGs, foi outro ponto de reflexão.   A conquista do público via interação está na base desse novo pensar em relação às cidades. 

 

Uma nova forma de pensar e administrar uma cidade, através do envolvimento maior de seus moradores no processo de gestão pública.  Esses passam de uma postura meramente reinvindicatória para atuação direta na construção das soluções. 

 

O primeiro passo é acreditar que esse ambiente solidário é possível e necessário. Mostrar que as regiões das cidades têm mais que limites geográficos, incentivando a identidade cultural é o inicio da assinatura de pactos locais, para alcançar objetivos diversos, com propósitos comuns.

 

Um novo e necessário formato de gestão que combina muito bem com a vocação de liderança que Vitória exerce, há vários anos, entre as cidades brasileiras.

 

Data de Publicação: segunda-feira, 28 de abril de 2008

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